
Aproveitei todos os dias de festival: fui a todas às exposições, assisti algumas palestras e entrevistas, dessa vez não fiz workshops, fui ao leilão, participei de algumas reuniões da associação e de trabalho, encontrei alguns bons amigos que vejo pouco, conheci outros tantos, bebi as maravilhosas pingas de Paraty e chutei as malditas pedras das ruas.
Até aí nenhuma novidade.
Algumas exposições estavam simplesmente imperdíveis, outras já não fizeram minha cabeça. Isso é natural, já que o festival e o mundo são ricos em diversidade. Mas o saldo foi tremendamente positivo, principalmente por conta da exposição “Pele Preta” da fotógrafa Maureen Bisilliat e da “exposinstalação” do francês Georges Rousse.
Das entrevistas e palestras eu assisti menos do que gostaria por conta de outras atividades (malditas leis da física!), e foram todas excelentes.
O leilão foi surpreendentemente bom. Muita obra de qualidade sendo comercializada por valores abaixo do mercado. Claro que não comprei nada, sempre deixo o talão de cheque em casa para evitar de fazer alguma loucura… e é claro que me arrependi.
Eu poderia dizer que o festival foi bom como sempre, mas sem grandes surpresas não fosse por um detalhe:
Quando soube que ia acontecer pela programação do evento achei que seria interessante e divertido, mas eu realmente não esperava que fosse ser tão bom. Chega a ser difícil de explicar…
Para quem não foi ou não sabe do que se trata, o Foto Escambo é uma iniciativa do fotógrafo Hans Georg. É uma brincadeira onde um varal com fotos é pendurado e, quem quiser, pode pegar uma foto para si e pendurar uma sua. Existem algumas regrinhas que são a graça da coisa:
As fotos são cadastradas e numeradas (inclusive as suas), você só descobre a autoria das fotos depois de pegá-las e consultar os números. Devido ao porte e à qualidade desse evento muita gente levou pra casa fotos maravilhosas de fotógrafos consagrados.
Cada pessoa pode cadastrar para trocar, no máximo, dez fotos. Com um “capital” limitado a brincadeira fica muito mais divertida pois você é obrigado a avaliar e escolher.
É formada uma fila e em cada visita ao varal você só pode trocar uma foto. Se quiser outra tem que voltar para o fim da fila. Isso evita “arrastões” no varal, gera uma expectativa divertida e, mais importante, uma incrível interação entre as pessoas da fila. Você acaba conhecendo e conversando com muita gente.
Sem participar é difícil de entender o quão gratificante é a brincadeira. Você fica feliz por pessoas escolherem a sua foto, fica feliz por pegar fotos maravilhosas, fica na expectativa de descobrir o autor, conhece e conversa com muitas pessoas e, o mais importante e enriquecedor, se obriga a olhar e analisar atentamente muitas fotos com a real possibilidade de pendurá-las na sua parede.
O leilão do PEF virou tradição e sua principal justificativa é o incentivo ao colecionismo fotográfico. Se é por isso então o Foto Escambo também deve ser permanente, já que cumpre essa missão (e outras) de forma muito mais democrática.
Já estou pensando nas dez fotos que levarei para o Foto Escambo do PEF 2011.
4 pensamentos em “Meu resumo do Paraty em Foco 2010”
Assino embaixo do que voce falou Geraldo, o escambo foi ótimo e deveria ser permanente no PEF; e eu ainda sai com uma foto da Daniela.
Vamos nos ver.
Grande Abraço
ADOREI A IDEIA DA FOTOESCAMBO
NUNCA PENSEI QUE IRIE SENTIR A GRDE EMOÇÃO DE VER MINHA FOTO SER ESCOLHIDA COM UM GRDE SORRISO POR UMA MOÇA DESCONHECIDA.
cOMO FAÇO PARA SABER O AUTOR DA QUE ESCOLHI?
PARABENS HANS GEORG
ABRAÇÃO
CELINHA
Geraldo! Valeu mesmo. O importante é se divertir! E trocar…
Celinha, confere a lista publicada no blog do Foto Escambo, você descobrirá o seu autor.
Infelizmente não pude ir ao Paraty em Foco, mas ou vi muitos comentários sobre o evento.
Definitivamente o Foto escambo foi o auge. Muito legal a brincadeira.
Gostei do seu blog, voltarei mais vezes!
Abraços